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domingo, 15 de junho de 2014

Abscesso anal: Proctologista


Abscesso anal: Dr. Paulo Branco
Dr. Paulo Branco irá comentar o artigo sobre os abscessos  perianais escrito pelo Colégio Americano de cirurgiões.

 Clinica: Mônica


Proctologista no bairro da lapa sp: 
Fones:
Fixo: 11-38467973
Móvel: 986663281

Mônica:










Proctologista no bairro da Vila Nova Conceição sp:

Fatima:













Proctologista no Centro sp, Praça da Republica.
Fone: 11-33317016










A. Introdução:
- Os abscessos anorretais e as fístulas anais representam diferentes fases de um espectro patogênico comum. O abscesso representa o evento inflamatório agudo, enquanto a fístula representa o processo inflamatório crônico.


Ilustração educativa: 








Fístula perianal:













Comentário: Dr Paulo Branco.
Observar que o circulo amarelo é um abscesso perianal que após drenar, cirugica ou expontaneamente, vira um trajeto, a esquerda chamado de fístula perianal.


Abscesso perianal:
 Anatomia:
- O sucesso na erradicação da supuração e da fístula anorretal requer um conhecimento profundo da anatomia anorretal por parte do medico proctologista e mesmo para a interpretação das imagens radiologicas. É essencial a compreensão da existência dos vários  espaços anorretais, para ter uma conduta bem definida no tratamento de cada caso. 

Espaços e músculos envolvidos:
















- O espaço perianal está localizado na área da margem anal. Continua-se lateralmente com a gordura isquioanal ( gordura que ocupa o espaço lateral do canal anal e reto) e medialmente com a parte inferior do canal anal. É contínuo com o espaço entre os músculos formadores dos esfíncteres anais.


Causa:
- Noventa por cento de todos os abscessos anorretais resultam de infecções das glândulas anais, enquanto o restante resulta de outras causas.

Glândula inflamada:




















- A obstrução do ducto da glândula anal, resultará em estase da secreção, infecção e formação do abscesso perianal que drenará e formará a fístula perianal.
- Os fatores predisponentes para a formação da fístula anal, incluem diarreia e traumatismo sob a forma de fezes endurecidas.
- Os fatores associados podem ser as fissuras anais, infecção de um hematoma, ou doença de Crohn.

Causas do abscesso perianal:
Inespecífica, criptoglandular, doença de Crohn, colite ulcerativa, infecção, tuberculose, traumatismos, corpo estranho, cirurgia, episiotomia, cirurgia de hemorroida, cirurgia da próstata, leucemia, linfoma radioterapia.

Classificação:
- De acordo com a sua localização nos espaços anorretais potenciais, podem ser classificados, em:
Ver a figura:

Avaliação e tratamento:

Sintomas:
- Dor, tumefação e febre são as principais características associadas ao abscesso.
- Dor retal grave acompanhada de sintomas urinários como ardência, retenção ou incapacidade de urinar pode ser sugestiva de abscesso entre os músculos formadores dos esfíncteres anais superficiais e profundos.


Abscessos anais profundos:















Exame clinico ou físico:
 - Inspeção: Evidenciará uma área avermelhada, tumefeita com flutuação.

Abscesso perianal:














- Nos abscessos anais profundos o exame retal e vaginal poderão ser extremamente doloridos.
- Exames endoscópicos são inadequados pela dor e desconforto que poderão causar.


Tratamento:
- Basicamente, o tratamento de um abscesso anorretal consiste em incisão, drenagem e antibióticos adequados.


Drenagem expontânea:



















- Raramente, o atraso no diagnostico e tratamento dos abscessos anorretais poderá resultar em infecção necrotizante e óbito.

Cirurgia: Abscesso
- A drenagem deverá ser feita através de uma incisão cruciforme ou elíptica, retirando-se os bordos para evitar um fechamento precoce da pele. A drenagem dos abscessos perianais poderá ser realizada sob anestesia local.



Local exato do abscesso perianal: 
















Drenagem cirurgica:















Os abscessos superficiais poderão ser drenados sem a utilização de drenos e os abcessos profundos, poderão ser drenados com drenos laminares ou mesmo com o auxilio de cateteres de borracha maleável com extremidade em forma de cogumelo de 10-16 French, inserido através de uma cânula na cavidade do abscesso.  
- Entre os pacientes com abscessos drenados, 11% podem desenvolver fístula enquanto 37% podem desenvolver recidiva do abscesso. Isso ocorre com maior frequência nos abscessos profundos.
- A falha em identificar uma abertura interna poderá ocorrer em 66% dos pacientes.    
- 50% dos pacientes após o  primeiro episodio da formação de um abscesso, não formaram fístula.
- Fistulotomia: Consiste na abertura do trajeto da fístula. Fazer se tiver experiência e se achar o orifício interno no  momento da drenagem do abscesso.
Cuidado: A insistência na busca de uma fístula poderá levar à formação de um falso trajeto e secção desnecessária do músculo esfíncter anal com risco de incontinência anal.

Abscessos anais  x HIV:
- Os pacientes que são soropositivos para o vírus da imunodeficiência humana ( HIV) e apresentam abscessos necessitam de drenagem, quer por incisão e drenagem ou por cateter.
- Como estes pacientes são imunodeprimidos, devem ser usados antibióticos.
- Os esforços devem ser dirigidos para manter pequenas feridas, pois esses pacientes correm o risco de má cicatrização. Um aumento da incidência de sepse ou infecção perineal grave pode ser observada em pacientes HIV- positivos.




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